Empregados da área-meio da Caixa desalojados há quase quatro meses

Os profissionais da área-meio da Caixa na Bahia (32 áreas que envolvem gerências de filial, coordenação de logística e negócios, área jurídica) seguem enfrentando dificuldades há quase quatro meses, após serem impedidos de se instalar no novo local de trabalho, por conta de um embargo do Tribunal de Contas da União (TCU).

Desde o dia 9 de dezembro de 2024, data prevista para a mudança do setor para um novo prédio no bairro do Itaigara, em Salvador, os trabalhadores estão desalojados e, em sua maioria, atuando em regime de home office ou contando com a solidariedade de colegas em agências da capital e da Região Metropolitana. Para tentar achar uma solução e acabar com a indefinição sobre o local de trabalho dos empregados, a diretori

a da AGECEF Bahia realizou reunião, nesta terça-feira (25/03), com gestores da área-meio. O problema decorre de uma liminar do ministro do TCU, Aroldo Cedraz, que impede a ocupação do novo endereço.

A decisão afeta diretamente cerca de 850 trabalhadores. Sem local para atuar presencialmente, alguns seguem em home office, enquanto outros precisam se deslocar entre diferentes agências para exercer suas funções, em um cenário de insegurança e instabilidade.

A decisão do TCU surpreendeu os empregados, que já estavam preparados para iniciar as atividades no novo endereço, com a expectativa de melhorias nas condições de trabalho.

É importante destacar que a área administrativa da Caixa sempre esteve localizada em Salvador e a transferência para o edifício André Guimarães Helitower, em Lauro de Freitas, havia causado diversos transtornos, sobretudo pelo deslocamento diário mais longo. O retorno à capital baiana era uma antiga reivindicação dos trabalhadores e, quando finalmente se concretizou, foi abruptamente interrompido.

O impacto da indefinição na saúde mental dos empregados é um dos principais pontos de preocupação da AGECEF Bahia. A falta de direção clara sobre o futuro profissional tem gerado um ambiente de angústia e ansiedade entre os trabalhadores, que já lidam com altos índices de adoecimento.

Estudos apontam que a instabilidade no ambiente de trabalho está diretamente relacionada ao aumento de casos de depressão, síndrome de Burnout e outras doenças ocupacionais. O contexto de incerteza prolongada, aliado à falta de estrutura adequada para desempenhar as funções, compromete a produtividade e, sobretudo, a qualidade de vida. Muitos relatam dificuldades de concentração, insônia e sintomas de estresse crônico, o que reforça a necessidade de uma solução rápida e eficaz.

A AGECEF Bahia tem acompanhado o caso de perto e busca alternativas para garantir condições dignas de trabalho aos empregados afetados. Algumas medidas serão encaminhadas na tentativa de sensibilizar as partes envolvidas e encontrar uma solução definitiva para o problema, que, no fim das contas, não só prejudica os trabalhadores, como a própria Caixa, sobretudo o desgaste de imagem e risco jurídico de diversas naturezas.

Redação AGECEF/BA