DE OLHO NA FUNCEF

FUNCEF quer reestruturar a carteira imobiliária

Participantes e assistidos da FUNCEF devem ficar atentos a todos os passos da direção da Fundação. Segundo o balanço divulgado na semana passada, os investimentos imobiliários foram os únicos, entre os cinco grandes segmentos, que apresentaram rentabilidade abaixo da meta atuarial de 10,19%. O rendimento foi de 1,75%.

Questionada, a FUNCEF jogou a conta no agravamento da pandemia e o fechamento de shoppings, hotéis e a adoção do home office. A renda dos aluguéis caiu à metade, saindo de R$ 412,7 milhões, em 2019, para R$ 196,3 milhões em 2020.

Mas o problema maior está no anúncio de um plano de ação para reestruturar a carteira imobiliária a partir deste ano. Detalhe: o segmento tem saldo de R$ 5,9 bilhões de ativos. Até agora, a direção da Fundação não passou informações aos participantes e assistidos. Como sempre, prefere o silêncio. Tudo o que se sabe veio por meio da grande imprensa.

Reportagem divulgada pelo Valor Econômico, em fevereiro, destaca que a FUNCEF pretende reduzir a carteira imobiliária nos próximos cinco anos de 148 para 43 ativos. Na carteira, há imóveis como hotéis e shoppings.

A intenção, segundo justificou o presidente da Fundação, Renato Villela, ao Valor, é trabalhar com parceiros privados em termos de reestruturação. “Muito provavelmente vamos transformar alguns destes [ativos] em fundos imobiliários”, afirmou. No ano passado, antes das notícias atuais, as entidades representativas encaminharam ofício à Fundação solicitando esclarecimentos sobre informações veiculadas em redes sociais e na imprensa sobre os imóveis e outros investimentos. Mas, até o momento, não obtiveram respostas.

Histórico

Importante lembrar que ainda em 2019, a direção da Fundação anunciou o início de estudos para elaboração de um Plano de Investimentos e Desinvestimentos da Carteira Imobiliária. Na época, justificou que precisava se adequar às diretrizes exigidas pela Resolução do Conselho Nacional Monetário (CNM) 4661/2018.

Segundo a norma, os fundos de pensão têm 12 anos, contados a partir de maio de 2018, para se desfazerem dos imóveis optando pela venda ou incorporação em fundo imobiliário.


 

     

           
     

     
 
 

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