Cresce o déficit da FUNCEF

O cenário não está nada bom na FUNCEF. Além da falta de transparência com participantes e assistidos em assuntos extremamente importantes, como é o caso da revisão do equacionamento, os números da Fundação estão piorando e entre janeiro e novembro do ano passado, o déficit aumentou.

O rombo nos planos de benefício chegou a R$ 6,447 bilhões, crescimento de R$ 1,224 bilhão na comparação com dezembro de 2018. O déficit - referente aos anos de 2017, 2018 e 2019 - deixa participantes e assistidos ainda mais preocupados com a situação do fundo de pensão.

Somente em 2017, o rombo acumulado foi de R$ 6,5 bilhões. No ano seguinte - em 2018 -, o resultado ficou positivo em R$ 1,3 bilhão, reduzindo o saldo negativo para R$ 5,2 bilhões. No entanto, em 2019, o déficit voltou a crescer, chegando a R$ 6,447 bilhões.

Detalhadamente, o REG/REPLAN Saldado teve perda de R$ 1,2 bilhão entre janeiro e novembro. Já o Não Saldado ficou negativo em R$ 42,7 milhões. Os outros dois planos - Novo Plano e REB - tiveram ganho. Para os dois, déficits ou superávits se aplicam ao grupo de aposentados e pensionistas.

Outros dados

De acordo com os dados apresentados, os investimentos estruturados tiveram os maiores ganhos. A rentabilidade foi de 12,73%. As operações com participantes (empréstimos) cresceu 10,77%, e ações a mercado, 26,32%.

Por outro lado, Fundo Carteira Ativa II (Cia. Vale) registrou variação negativa de 12,1%, com perda R$ 845,2 milhões. A participação nesse fundo é significativa no REG/REPLAN.

Para os demais segmentos destacados, o de renda fixa se sustentou com títulos públicos na curva (a serem resgatados no vencimento). Os títulos públicos a mercado (disponíveis para negociação independentemente do vencimento) tiveram rentabilidade de 5,65%, portanto inferior à meta.