DE OLHO NA FUNCEF
Renda fixa compromete aposentadoria no Novo Plano

Como pode afetar a aposentadoria, os participantes da FUNCEF estão atentos ao aumento da concentração em renda fixa, principalmente nos chamados títulos do Tesouro Nacional, na carteira de investimentos do Novo Plano. A modalidade, inclusive, reduz o valor dos benefícios futuros.
O aumento nesta opção é evidente. Em 2010, investimentos como títulos públicos e privados e poupança representavam 52,1% da carteira, já em 2016, a alocação de recursos chegou a 70,7% e, em 2017, ficou em 69,3%.
Outro fator é que o desempenho dos ativos de renda variável na carteira geral da FUNCEF foi melhor entre dezembro de 2017 e novembro de 2018. A rentabilidade foi de 19,17%. Os investimentos estruturados chegaram a 14,88%. No caso do retorno obtido pela Fundação a partir dos juros cobrados dos participantes no Credplan, a rentabilidade foi de 11,8% no período. Já a renda fixa, 9,8%.
O volume de recursos utilizado no Novo Plano para pagar benefícios é pequeno quando comparado com o que foi acumulado por quem ainda contribui. Os aposentados do plano receberam R$ 135,9 milhões em benefícios em 2017, já os ativos acumularam R$ 1,7 bilhão em contribuições. Atualmente, são cerca de 78 mil ativos e 5,6 mil aposentados.
O problema é que os gestores da FUNCEF têm optado por gerar benefícios menores no futuro ao invés de direcionar aos investimentos de maior rentabilidade. No entanto, quanto menor a rentabilidade, mais modesta será a aposentadoria dos participantes.
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