Na FUNCEF, déficit não para de subir

A cada novo balanço divulgado pela FUNCEF, mais problema. De janeiro a agosto, o rombo nos planos cresceu 3%. Agora está em R$ 6,7 bilhões, R$ 205,6 milhões a mais do que em dezembro do ano passado. Desta vez, a rentabilidade de todos os planos ficou abaixo do esperado. A taxa mínima atuarial esperada era de 5,89% e os planos atingiram 5,59%.

Um dado, no entanto, não é ruim. Os ativos investidos pelos planos cresceram 1,7%. Desta forma, o patrimônio dos participantes da FUNCEF chega agora a R$ 62,7 bilhões.

Entre os planos, segundo divulgado, apenas o REG/Replan Saldado registrou aumento do déficit, 5,3%. Em números, R$ 315,4 milhões. Os demais reduziram os desequilíbrios. No REG/REPLAN Não Saldado, a diminuição foi de 11%, no Novo Plano (7%) e no REB foi superior a 50%. Os dados mostram que a menor rentabilidade foi no REG/REPLAN Não Saldado, 5,19%.

Depois aparecem REB (5,43%), Novo Plano (5,6%) e Saldado (5,66%).

Segundo o balancete, a maior rentabilidade entre os ativos da FUNCEF foi alcançada pelos investimentos estruturados – valorização de 10,89% entre janeiro e agosto deste ano. O segmento é o mais rentável da carteira de planos da Fundação.

A segunda carteira mais rentável, mas bem abaixo dos investimentos estruturados, está o CredPlan, 8,53%. Completam a lista, a Renda fixa (7,3%), os investimentos imobiliários (5,04%) e, por fim, a Renda Variável, apenas 0,08%.

Vale destacar que a maior concentração dos ativos da FUNCEF está na Renda Fixa e não nos ativos com maior rentabilidade, o que é um equívoco. Outros planos de previdência fazem o contrário e estão em situação bem melhor, como é o caso da Previ – dos funcionários do Banco do Brasil.

Os chamados títulos do Tesouro Nacional representam 60,15% dos recursos investidos pela FUNCEF em agosto deste ano, ante 58,38% em dezembro do ano passado. Já a Renda Variável - segmento no qual se encontram as ações em bolsa de valores - representava 22,4% dos ativos no fim de 2017 e desceu para 21,8% em agosto.