Rombo da FUNCEF aumenta em R$ 775,4 milhões

Foram meses de atraso e somente agora a FUNCEF divulgou o balanço referente ao primeiro semestre deste ano. Segundo os números apresentados, o déficit aumentou 73% em quatro anos, saindo de R$ 4,2 bilhões em junho de 2014 para R$ 7,3 bilhões em junho de 2018.

No primeiro semestre, o crescimento foi de R$ 775,4 milhões na comparação com o ano passado. O REB, de acordo com os dados, foi o único plano a fechar o semestre com saldo positivo. O excedente foi de R$ 1,7 milhão. Todos os demais planos fecharam a conta no vermelho.

O Novo Plano encerrou os seis primeiros meses do ano com menos R$ 5,1 milhões, o REG/REPLAN Não Saldado, com déficit de R$ 18,7 milhões, e o Saldado, menos R$ 753,3 milhões. É justamente neste plano que está a maior parte acumulada do desequilíbrio, R$ 6,3 bilhões. O restante se divide entre os demais planos.

Sobre o contencioso, também responsável pelo desequilíbrio das contas, houve aumento de 2,4% no provisionamento atingindo R$ 1,4 bilhão. O valor equivale a 19% do rombo da Fundação. Mas, o contencioso não contabilizado, referente às ações judiciais avaliada como de "perda possível" chega a R$ 17,1 bilhões, 12 vezes o valor provisionado.

Ainda, de acordo com o balancete, os investimento alcançaram rentabilidade de 3,57%, 1,28 ponto percentual abaixo da meta atuarial prevista para o período, de 4,85%. Os dados mostram ainda que ativos ainda estão concentrados em renda fixa (60%), seguido por renda variável (28,81%), imóveis (9,4%) e investimentos estruturados (3,3%).

Vale destacar que a política de gestão segue equivocada, pois conforme mostram os números a maior rentabilidade é justamente a dos estruturados, rendimento de 8,85%, enquanto a renda fixa alcançou 5,15%.

Segundo a FUNCEF, os consecutivos resultados ruins se devem a atual conjuntura política e econômica nacional e internacional. Como exemplo utiliza a greve dos caminhoneiros, as incertezas com as eleições presidenciais e a alta dos juros nos Estados Unidos.