DE OLHO NA FUNCEF

Déficit da FUNCEF aumenta R$ 775,4 milhões

Divulgado discretamente pela FUNCEF, o balanço da Fundação referente ao primeiro semestre do ano traz um dado preocupante. O déficit dos planos cresceu R$ 775,4 milhões na comparação entre dezembro de 2017 e junho passado. Desta forma, o rombo acumulado sobe para R$ 7,34 bilhões.

O resultado é 11,8% maior do que os R$ 6,57 bilhões registrados em dezembro de 2017. Os dados mostram ainda uma variação negativa de 0,06% dos ativos investidos. A rentabilidade total fechou em 3,57%, índice abaixo da meta atuarial para o período, provisionada em 4,85% anteriormente.

O resultado ruim pode ser o motivo para a Fundação demorar tanto a divulgar os números. Em nota, os diretores da FUNCEF usam a turbulência no mercado financeiro em maio e junho para justificar mais um déficit. Detalhe: em dezembro/2017, a meta atuarial foi revisada de 5,5% para 4,5%. Mesmo assim, não houve a valorização esperada dos investimentos.

Contencioso cresce

Com mais um resultado negativo, o contencioso continua a crescer e pesar para os participantes. Mais um motivo de preocupação. Até junho, o valor provisionado para perda provável é de R$ 1,4 bilhão, alta de 1,1% ao de dezembro de 2017.

Mas, é o "contencioso oculto" que mais chama atenção. O valor relativo a "perda possível" chegou à marca dos R$ 17,1 bilhões no período analisado. Como esse tipo de passivo não precisa ser contabilizado nem provisionado, a informação permanece restrita às chamadas notas explicativas.

Se metade do valor se converter em perda, como estima a própria FUNCEF, mais R$ 8,5 bilhões vão engrossar o rombo. Somadas, todas as demandas judiciais chegam a quase R$ 19 bilhões.


 

     

           
     

     
 
 

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