DE OLHO NA FUNCEF
FUNCEF insiste na revisão do estatuto

O fundo de pensão dos empregados da Caixa corre risco. A direção da FUNCEF insiste em alterar o estatuto da Fundação. Pior. Esconde as informações sobre o que pode mudar e também não trata sobre as propostas enviadas pelas entidades representativas e participantes.
Em comunicado enviado nesta terça-feira (10/07), limita-se a informar que recebeu algumas sugestões para a nova redação do estatuto e que o período de envio estava encerrado. A forma como a FUNCEF vem conduzindo o processo, sem participação e sem transparência, levanta suspeita. Até hoje não foi explicado o porquê das mudanças.
O que se sabe é que as propostas apresentadas até aqui não resolvem os problemas da Fundação e ainda reduzem a participação dos trabalhadores na gestão, mexem no processo eleitoral de forma perigosa, excluem mais os aposentados e criam ingerências capazes de gerar instabilidade organizacional.
Não é só isso. A conjuntura política do país não é boa. Portanto, é muito arriscado promover mudanças no cenário atual. Sobretudo porque qualquer modificação no fundo de pensão ligado a uma estatal depende de apreciação do Executivo, que terá liberdade total para mexer na redação, e as medidas do governo Temer além são rejeitadas pela imensa maioria dos brasileiros. Basta lembrar das mudanças recentes nos planos de saúde das estatais e na reforma trabalhista para deduzir que não vem coisa boa por aí.
Diante da situação, o mais coerente é suspender as alterações e, mais para frente, discutir com os participantes tudo o que se pretende alterar, afinal são eles os prejudicados, caso as mudanças tragam perdas e risco ao fundo de pensão.
Na moita
Importante lembrar que as alterações no estatuto da FUNCEF desde o início são conduzidas de forma suspeita. A proposta de modificação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Deliberativo em janeiro, mas somente em maio, depois do processo eleitoral, é que a Fundação anunciou a medida.
Detalhe: desde março foi instituído um grupo de trabalho responsável para revisão. Integram o grupo, um representante da Caixa, um da FUNCEF e os membros eleitos do Conselho.
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