FUNCEF acaba com voto por telefone

A cada dia, os participantes da FUNCEF são surpreendidos com uma nova decisão arbitrária sobre o processo eleitoral. Segundo regulamento deste ano, a votação acontecerá exclusivamente por meio da internet. Ou seja, os participantes não mais poderão votar pelo telefone.

Como não podia deixar de ser, a insatisfação é generalizada. O modo como processo eleitoral está sendo imposto é excludente. Além de dificultar a formação de chapa para concorrer ao pleito, a FUNCEF também impõe barreira para os votos.

Uma medida nada democrática, que exclui, sobretudo os aposentados, que normalmente sentem mais dificuldades em acessar as ferramentas digitais. Tem mais. Nem todos os municípios têm acesso fácil à internet, o que certamente vai impedir muita gente de exercer o direito. Os representantes dos empregados da Caixa enviaram documento, desde a semana passada, questionando o regulamento, mas até o momento não houve resposta.

Os dados da última eleição, em 2016, ajudam a traçar um panorama de quantos participantes, em média, podem deixar de participar do processo eleitoral com a votação apenas pela web. Segundo a FUNCEF, 8% dos votos foram por meio do telefone. O índice equivale a cerca de 6 mil participantes. Para se ter uma ideia, o número corresponde ao total de eleitores de estados como Santa Catarina.

As dificuldades não param por aí. Os procedimentos cadastrais também são problema. A estimativa é de que 60 mil pessoas tenham cadastro na área de autoatendimento no site da FUNCEF. Mas, como muitos ficam um tempo sem acessar, é possível que sejam obrigados a atualizar as senhas, o que vai requerer mais tempo. Sem falar na possibilidade de erro na página, uma vez que milhares de pessoas podem tentar fazer a atualização no mesmo período, sobrecarregando o site.