Em nota, FUNCEF explica reestruturação da Vale

Finalmente, depois de muitas cobranças dos participantes, a FUNCEF emitiu nota, embora ainda superficial, sobre a reestruturação da Vale, investimento com maior impacto no déficit do plano de previdência. Segundo o comunicado, com o novo acordo de acionistas, o cenário fica favorável. No entanto, não elucida como as mudanças podem ser positivas para os participantes.

Ainda, de acordo com o documento, com a reestruturação serão adotadas normas mais rígidas de governança, inerentes à eventual entrada da Vale no segmento do Novo Mercado da Bolsa de Valores. Tudo o que já havia sido divulgado anteriormente. Portanto, sem novidades.

Os participantes devem enviar uma nova nota cobrando esclarecimentos concisos da Fundação. A direção precisa ser transparente, afinal são os empregados da Caixa que pagam com sucessivos equacionamentos pela má gestão da FUNCEF.

Déficit

O maior impacto dos investimentos na Vale ocorre no Reg/Replan. Como o Saldado tem a maior cota do investimento, tem também a maior perda. Por conta da mineradora, a perda contábil de 2015 foi de R$ 1 bilhão, o que representa 16,4% do déficit a equacionar (R$ 6 bilhões). No Não Saldado, o prejuízo no mesmo ano foi de R$ 95,2 milhões, o equivalente a 9,52% do déficit a equacionar (R$ 1 bilhão).

No Novo Plano não há impacto, porque não há alocação de recursos. No REB, o impacto é pequeno, já que a cota desse plano na Vale é de 1,5%, o que resultou em perda de R$ 17 milhões em 2015.