Na FUNCEF, R$ 6,9 bilhões terão de ser equacionados

O balanço da FUNCEF de 2015 acaba de ser tornar público. De acordo com os números, no consolidado dos planos, a rentabilidade foi de 2,79%. Portanto, novamente, a meta atuarial, que ultrapassou os 17%, não foi atingida. Os índices foram de 3,73% para REG/Replan Saldado, - 0,41% do REG/Replan Não Saldado, 2,03% (REB) e de - 0,01% (Novo Plano).

O resultado mostra ainda que todos os planos tiveram déficit acumulado no ano passado. Do REG/Replan Não Saldado foi de R$ 1 bilhão. Outros R$ 6,9 bilhões foram no Saldado. No Novo Plano o saldo negativo foi de R$ 71 milhões e no REB, menos R$ 13 milhões.

Desta forma, pela legislação vigente, R$ 6 bilhões terão de ser equacionados no REG/Replan Saldado e R$ 929,4 milhões no REG/Replan Não Saldado. As condições ainda serão definidas pela FUNCEF e aplicadas a partir do próximo ano.

Impactos

A volatilidade da renda variável (Ibovespa a -13,3%) causou um forte impacto no balanço. Os investimentos feitos nesse segmento tiveram desempenho negativo, de 15,49%. A carteira foi afetada principalmente pela redução de 20% na avaliação do FIA Carteira Ativa II (Vale), com a participação da FUNCEF baixando de R$ 5,6 bilhões para R$ 4,5 bilhões.

A rentabilidade de menos 22,29% nos investimentos estruturados também influenciou negativamente. Não dá para esquecer ainda a elevação do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor) em 11,28%. A aceleração elevou a meta atuarial para patamar superior a 17% e provocou aumento substancial dos passivos dos planos de benefícios.