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Bancos podem dar aumento real

Sob a justificativa da crise financeira mundial, que tem reflexos no Brasil, os bancos se negaram a dar o reajuste salarial de 16%, reivindicado pela categoria. Na mesa de negociação, ofereceram apenas 5,5%, bem abaixo da inflação do período de 9,88% (INPC).

Mas, basta olhar o balanço do primeiro semestre para desmascarar o setor bancário. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) lucraram, juntos, R$ 36,3 bilhões apenas nos seis primeiros meses do ano. O resultado representa alta de 27,3% em relação ao mesmo período de 2014.

Em outros setores da economia, que lucraram bem menos e, em alguns casos, tiveram até prejuízos, as campanhas salariais resultaram em aumento real. Quem afirma é o Dieese.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socioeconômicos, o Comércio, que registrou quedas no faturamento e nas vendas no primeiro semestre, fechou 76% de seus acordos com ganhos reais (acima da inflação) para os trabalhadores.

Não muito diferente no setor de Serviços, que também sofreu perdas. Neste caso, os ganhos reais foram registrados em 74% dos acordos. Na Indústria, outra área com redução no desempenho, fechou 61% das campanhas com reajustes acima da inflação.

O Dieese considerou 302 unidades de negociação, privadas e estatais. Do total, 69% resultaram em reajustes acima da inflação, 17% foram iguais à inflação do período e somente 15% foram abaixo. Ou seja, não há desculpa para os bancos. Dá para fechar acordo com aumento real, sim.

Redação AGECEF/BA

 

     

           
     

     
 
 

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