Em negociação, Caixa nega tudo

A postura da Caixa continua a mesma durante as negociações da campanha salarial: negar tudo é a estratégia. Fim do voto de Minerva na Funcef, fim da discriminação aos empregados que não saldaram o REG/Replan e a extensão do Saúde Caixa aos que se desligaram por PADV. Nada foi acatado pelo banco.

A representação dos bancários ressaltou em negociação, que aconteceu na sexta-feira (04/09), em Brasília, que o volume de ações judiciais impactam nos resultados da Funcef. Em 2015, já estão provisionados cerca de R$ 181 mil para risco de condenação remoto, quase R$ 7,1 bilhões para risco possível e mais de R$ 1,8 bilhão para risco provável. A soma dá mais de R$ 8,9 bilhões.

A instituição financeira disse que cumpre o Acordo Operacional, que prevê a responsabilidade da empresa apenas nas ações relacionadas a auxílio-alimentação, cesta-alimentação, abono na complementação da aposentadoria e Pams (Plano de Assistência Médica Supletiva), e que tem feito o repasse de recursos para a Funcef. Mas, vale ressaltar que essas ações representam a parcela menor do contencioso judicial. A maioria dos processos é relativa ao CTVA (Complemento Temporário Variável de Ajuste de Mercado).

Sobre a incorporação do REB ao Novo Plano, segundo a empresa, o processo está no Ministério da Fazenda desde junho. Não há previsão de quando a metodologia formulada conjuntamente pela Fundação e a patrocinadora será encaminhada à Previc, última instância de deliberação.

A Caixa também ficou de analisar a criação de um GT para discutir os atuais problemas. Outra questão pendente de resolução é o PMPP (Plano de Melhoria de Proventos e Pensões), que se arrasta desde 2006.

A empresa também disse não para duas das três propostas relativas aos aposentados: extensão do Saúde Caixa aos desligados em PADV (Plano de Adesão ao Desligamento Voluntário) e programa de refinanciamento de dívidas do segmento.

Em relação à criação de programa que assegure atendimento digno aos aposentados e pensionistas nas unidades, o banco informou que já adota a prática e que situações isoladas podem ser denunciadas para serem apuradas.

Redação AGECEF/BA