Em negociação, Caixa insiste no GDP

A Caixa manteve a postura intransigente durante a primeira negociação da campanha salarial, realizada nesta quinta-feira (27/08), em Brasília (DF). Os representantes dos empregados solicitaram a suspensão do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas), mas o banco rejeitou. Inclusive, informou que vai manter e ampliar o programa.

O GDP acirra a cobrança de metas individuais e contribui diretamente para o aumento do adoecimento. Os bancários também querem que a empresa concorde com o artigo 71 da minuta geral da campanha, que estabelece que os bancos deverão "garantir a participação de todos os seus trabalhadores na estipulação de metas e respectivos mecanismos de aferição, estabelecendo-se que as mesmas serão obrigatoriamente de caráter coletivo e definidas por departamentos/agências".

O combate ao assédio moral e sexual também teve destaque. A apuração das denúncias deve ser mais célere. A instituição financeira alegou que tem procurado cumprir o prazo de 45 dias estabelecido na cláusula 56 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2014/2015.

Sobre segurança bancária, um representante da Gerência Nacional de Segurança Física (GESFI) apresentou as medidas que a Caixa tem adotado na área, como compra de equipamentos e campanhas de orientação dos empregados.

Mas, as iniciativas visam, sobretudo, a preservação do patrimônio físico. É preciso garantir a proteção dos bancários, que estão expostos a situações perigosas diariamente.

Entre os pontos da pauta, a instalação de biombos entre os caixas, para impedir a visão dos empregados e adequando a posição dos vigilantes. A Caixa argumentou que foi definido um modelo padrão e que as divisórias já começaram a ser instaladas.

Os trabalhadores, no entanto, cobraram as informações sobre a quantidade de agências já contempladas e a previsão de prazo para conclusão da instalação em todas as unidades. Outra questão é a garantia de vigilantes em todas as unidades do banco.

A próxima negociação ocorre no dia 4 de setembro. Na oportunidade, será retomado o debate sobre saúde, além das discussões sobre o Saúde Caixa, Funcef e aposentados.

Redação AGECEF/BA