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O preço do financiamento privado de campanha

O financiamento privado de campanhas eleitorais poderá entrar de vez na Constituição Federal. Isso porque o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), utilizou de manobra para aprovar as regras da reforma política, na última semana.

A matéria, que trata das regras de financiamento, ainda tem de ser referendada em uma segunda votação na Câmara e em outra no Senado. A forma de financiamento aprovada pelos deputados prevê que empresas só poderão fazer doações para partidos políticos. Hoje podem doar para candidatos também. Para pessoas físicas, nada muda: elas poderão continuar financiando partidos e candidatos.

Agora, o Supremo Tribunal Federal decide se a regra atende à Carta Magna brasileira. Ao torná-la constitucional, os deputados evitam que os ministros a proíbam.

A decisão traz um prejuízo enorme ao povo brasileiro, que precisa de políticos que o representem e defendam seus interesses, e não que atendam aos anseios de quem os financiou.

Nas últimas eleições, 20.000 empresas fizeram doações para campanhas. Com o custo financiado por pessoas jurídicas, é impossível não dever favores. Ou seja, grande incentivo para a corrupção.

O sistema privilegia políticos ligados a grandes organizações. Desta forma, o processo eleitoral passa a ser decidido pelo poder econômico. Ao financiar candidatos, as empresas impõem interesses, geram lobbies e bancadas corporativistas nos parlamentos.

Votação

Na votação em plenário, PT, Psol, PCdoB, PDT e PPS, entre outros, votaram contra o projeto. Em contrapartida, PMDB, PSDB, PP, PSD, DEM e Solidariedade, entre outros, apoiaram o financiamento privado de campanhas. Somente PSB, Pros e a bancada da Minoria não orientaram suas bancadas sobre a votação.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           
     

     
 
 

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