Pressão contra a terceirização continua

Após a Câmara dos Deputados, capitaneada pelo presidente da Casa, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ter virado as costas para os trabalhadores e aprovado o projeto de lei que regulamenta a terceirização, agora a população aumenta a pressão sobre o Senado para que a proposta seja rejeitada.

Antes de seguir para o plenário, o texto será analisado por duas comissões: CCJ (Constituição e Justiça) e CAS (Assuntos Sociais). Reverter o quadro é difícil, mas não impossível.

Com as emendas apresentadas na Câmara, o PL mantem a possibilidade da terceirização para todas as atividades da empresa, inclusive a principal. Isso quer dizer que muitos contratados diretamente devem ser demitidos para que terceirizados sejam admitidos com salários mais baixos e menos direitos.

Os prejuízos são enormes. Por isso, o brasileiro não pode ficar de braço cruzado. É dever de todo cidadão fiscalizar e cobrar ações efetivas e de real interesse da sociedade por partes dos seus representantes.

O trabalhador pode, e deve, enviar mensagens para os deputados (http://www2.camara.leg.br/deputados/liderancas-e-bancadas) e senadores (http://www.senado.gov.br/senadores/) sobre o assunto.

O PL 4330, de autoria do ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO), e não por acaso empresário, foi apresentado na Câmara pelo relator do projeto, deputado federal Arthur Maia (SD-BA). Foram 230 votos favoráveis e 203 contra. Do total, 13 deputados da Bahia votaram sim para a proposta. Por isso, é bom verificar se o voto para representante no Congresso Nacional, na última eleição, foi acertado ou não.

Confira se o deputado que você escolheu, votou a favor do PL da terceirização:
Parlamentares da Bahia:

Antonio Brito (PTB)
Antonio Imbassahy (PSDB)
Arthur Maia (Solidariedade)
Cacá Leão (PP)
Claudio Cajado (DEM)
Félix Mendonça Junior (PDT)
João Carlos Bacelar (PR)
José Carlos Aleluia (DEM)
José Carlos Araújo (PSD)
Mário Negromonte Junior (PP)
Paulo Azi (DEM)
Roberto Britto (PP)
Ronaldo Carletto (PP).

Redação AGECEF/BA