Banco Mundial viola direitos humanos

O Banco Mundial, criado para reduzir a pobreza e promover o desenvolvimento, falhou em aplicar as regras criadas para proteger comunidades afetadas por seus projetos. Na última década, pelo menos 3,4 milhões de pessoas foram negativamente impactadas por projetos de desenvolvimentos do banco.

O saldo que o Banco tem deixado é de populações locais removidas de suas casas, expulsas das terras ou prejudicadas economicamente para dar lugar a usinas de energia, barragens e outros projetos financiados pela instituição. As consequências são devastadoras para algumas das populações mais pobres e vulneráveis do planeta.

As descobertas são frutos de um intenso trabalho de investigação feito por um grupo de mais de 50 jornalistas de 21 países coordenados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos e pelo Huffington Post.

Milhares de documentos do Banco Mundial foram analisados, além de entrevistas com centenas de pessoas na Albânia, Brasil, Etiópia, Honduras, Gana, Guatemala, Índia, Quênia, Kosovo, Nigéria, Peru, Sérvia, Sudão do Sul e Uganda.

No Brasil, repórteres descobriram que açudes construídos para enfrentar a seca no Ceará deixaram as populações removidas sem fonte de água potável.

Redação AGECEF/BA