AGECEF-BA apoia luta contra terceirização

A AGECEF-BA (Associação dos Gestores da Caixa) é contra o projeto de lei 4330, que regulamenta a terceirização em todos os setores da empresa. A entidade atua em defesa dos direitos dos trabalhadores e sabe que, se sair do papel, a proposta trará prejuízos aos brasileiros e a economia nacional.

Inclusive, nesta terça-feira (14/04), às 18h, a diretoria da Associação, participa da assembleia convocada pelo Sindicato dos Bancários da Bahia para organizar paralisação para quarta-feira (15/04). O momento é delicado e exige união entre os bancários.

A terceirização tem sérias consequências para o trabalhador. Em média, um prestador de serviço ganha 27% a menos do que um trabalhador com carteira assinada. Também não tem férias, nem 13º salário garantidos.

A proposta aprovada na semana passada pela Câmara Federal prevê ainda terceirização no setor público. Isso quer dizer que a administração pode, ao invés de abrir edital para concurso público, preencher as vagas disponíveis com prestadores de serviços.

Não é só isso. No setor financeiro, a terceirização já ocorre há muitos anos. Os bancos tiram os serviços das agências e transferem para os correspondentes bancários, espalhados pelos mais diferentes e inapropriados locais de trabalho.

Quem chama atenção é a doutora em Ciências Sociais pela Unicamp, Graça Druck. Segundo a socióloga, a prática gera insegurança, riscos e perdas de direitos. "Nas agências– centros administrativos, atividades de retaguarda e compensação de cheques – as empresas contratadas têm trabalhadores com menor salário em relação aos bancários, jornadas mais extensas, contratos precários, sem PLR, e até sem vale transporte", explica.

É por isso que os correspondentes crescem tanto no Brasil. Segundo dados do Banco Central, o país tinha no ano 2000, 13,7 mil estabelecimentos comerciais que prestavam serviços de bancos. Em 2013, eram 405 mil.

Redação AGECEF/BA