Presidente da Caixa é contra abertura de capital

O presidente da Caixa, Jorge Hereda, é contra a abertura de capital do banco. A explicação dada para o posicionamento é simples. A instituição financeira cumpre um importante papel social e tem posição estratégica para o desenvolvimento do país.

Dados confirmam. O banco obteve lucro líquido de R$ 7,1 bilhões no ano passado. Portanto, como tem chamado a atenção a AGECEF-BA (Associação dos Gestores da Caixa), está muito bem e a abertura de capital não se justifica.

Ainda, segundo Hereda, diante da situação instável da economia mundial, é importante dispor de um instrumento capaz de liderar políticas anticíclicas de enfrentamento da crise. “Algum analista econômico já calculou qual teria sido o PIB do país se os bancos públicos tivessem se comportado como os bancos privados nos últimos anos?”, questionou.

A alguns dias de entregar o cargo para dar lugar a ex-ministra Miriam Belchior, Jorge Hereda chamou atenção ainda para a concentração do sistema bancário brasileiro. Segundo ele, os bancos públicos impõem uma concorrência que não é movida à base da busca pelo lucro exacerbado. Está com toda a razão e medidas tomadas no auge da crise financeira comprovam.

Dança das cadeiras

Jorge Hereda preside a Caixa desde 2010. Na segunda-feira (23/02), será substituído por Miriam Belchior. Ao ser questionado sobre a transição, disse ser amigo pessoal da ex-ministra do Planejamento e demonstrou tranquilidade.

Redação AGECEF/BA