Abrir o capital da Caixa pode acabar com o banco público

A Caixa é o principal responsável pelos programas sociais do governo federal, de suma importância para o conjunto de toda a sociedade brasileira. A instituição financeira tem as menores taxas de juros e as melhores condições para financiar o imóvel e outros bens.

A empresa desempenha, portanto, papel fundamental para o crescimento do país e, consequentemente, para a economia nacional. A Caixa é tão importante que em 2013 os programas de transferência de renda pagos pelo banco distribuíram cerca de R$ 26,5 bilhões. Abrir o capital, como anuncia o governo federal, é desta forma, um grande risco.

Para a AGECEF-BA (Associação dos Gestores da Caixa), a medida pode por fim ao banco público mais importante do Brasil, capaz de gerar políticas inovadoras, de criar novos mercados e favorecer toda a população, sobretudo de baixa renda. A entidade espera um esclarecimento do governo federal.

Inclusive, a Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa) e a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), enviaram ofício à presidenta Dilma Rousseff solicitando uma audiência para tratar do assunto ainda neste mês.

De acordo com informações, a abertura de capital está prevista para o próximo ano. O receio é de que os interesses privados sejam colocados em primeiro plano. A medida ainda vai de encontro ao compromisso assumido por Dilma Rousseff durante a dura campanha eleitoral de 2014, de que não mexeria nos bancos públicos.

Importante lembrar que a Caixa Econômica Federal passa um bom momento. O banco foi fundamental para o país passar pela crise financeira internacional sem grandes problemas. E hoje segue crescendo.

O volume de ativos totais ampliou e chegou R$ 1,01 trilhão no ano passado. O lucro líquido da empresa pública de janeiro a setembro de 2014 foi de R$ 5,3 bilhões e as transações somaram R$ 1,72 bilhão. Números que mostram muita solidez.

Redação AGECEF/BA