Dia da Consciência Negra. Dia de luta

Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra. A data foi escolhida em homenagem a Zumbi dos Palmares, ícone da luta racial, morto no ano de 1695. Portanto, é um dia de luta.

A escolha da data faz um contraponto ao 13 de maio de 1888, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea pondo fim à escravidão, um dos piores crimes já cometidos pela humanidade. A abolição, no entanto, não significou o fim dos problemas sociais para os escravos libertados. Pelo contrário.

Os negros foram jogados à própria sorte. E como herança restam as desigualdades de desenvolvimento econômico e de condições básicas da vida. Até hoje, os negros sofrem com o racismo. Em geral têm menos oportunidades de emprego, recebem menos, é a maioria da população pobre brasileira e a maior vítima da violência, física e psicológica.

O Dia da Consciência Negra, portanto, deve ser para refletir o que o negro ainda sofre e as suas lutas diárias desde a colonização. Um dia para pensar sobre novas formas para enfrentar o racismo que dificulta a vida de milhares de homens e mulheres.

Uma data para reafirmar a necessidade de políticas públicas, pelas cotas raciais, pelo fim do genocídio do povo negro, em defesa da lei que leva a verdadeira história para a sala de aula, com o ensino da cultura afro-brasileira, em defesa dos quilombolas, além da garantia do acesso à educação e saúde de qualidade.



Redação AGECEF/BA