Bancos não apresentam propostas sobre emprego

Mais uma rodada de negociações chega ao fim e o Comando Nacional sai da mesa de debate sobre emprego e remuneração sem nenhuma proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

O posicionamento dos representantes das organizações fnanceiras foi o mesmo. As reivindicações foram sumariamente negadas, nesta quinta-feira (04/09). A categoria quer garantia do emprego, valorização dos pisos e a implementação de planos de cargos e salários em todos os bancos, além do fim das demissões imotivadas, de acordo com a Convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

A Fenaban alegou que a Convenção não é o instrumento adequado para impor restrições aos bancos e que os desligamentos são irrisórios e ajustes pontuais. Sobre a terceirização e o uso indiscriminado de correspondentes bancários – estima-se que hoje o Brasil tenha 400 mil. Os negociadores dos banqueiros disseram que a terceirização é parte estratégica da organização do negócio e defenderam a regulamentação da prática de forma ampla e irrestrita.

Sobre o piso, a reivindicação é pelo salário de ingresso de R$ 2.979,29 para escriturário, R$ 4.021,99, para caixas e empregados de tesouraria, R$ 5.064,73, para primeiros comissionados, e R$ 6.703.31, para primeiro gerente. A Fenaban disse que vai apresentar uma proposta nas próximas negociações.

As discussões giraram em torno ainda das condições para funcionamento das agências, controle do tempo de permanência nas filas, criação de uma comissão sobre mudanças tecnológicas, instalação de comitê de relações trabalhistas, abono-assiduidade de cinco dias por ano e investimentos para qualificação e requalificação profissional.

Todas as demandas foram negadas. Os bancos apenas sinalizaram a possibilidade de realizar um seminário para aprofundar conhecimentos para mudanças tecnológicas. A quarta rodada acontece nos dias 10 e 11 de setembro.

Redação AGECEF/BA