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Abismo entre lucro dos bancos e salário do bancário

Um abismo separa a evolução do lucro dos bancos e o salário do bancário. Em 2001, o ganho líquido das seis principais instituições financeiras do país foi de R$ 9,8 bilhões. Doze anos depois, em 2013, o valor saltou para R$ 57,7 bilhões. Crescimento de 487%.

Na outra ponta, está o salário dos trabalhadores. A remuneração média teve queda, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconomicos). Se em 2001, o salário médio era de R$ 5.016,72, em 2013, o valor foi para R$ 4.743,59, mesmo diante dos aumentos reais consecutivos.

Tem mais. Se o piso da categoria continuar a apresentar baixa evolução, somente em 2028, o salário de ingresso atingiria os R$ 2.682,22, salário mínimo previsto pelo Dieese. O estudo, apresentado na Conferência Nacional dos Bancários, no último fim de semana, responsabiliza a rotatividade por esse quadro. Os bancos utilizam a prática para demitir os funcionários com remuneração maior e contratam outros com salário bem inferior.

Sobrecarga de Trabalho

A coordenadora da Rede Bancários do Dieese, Regina Camargos, explica que enquanto as operações de crédito dos seis maiores bancos cresceram mais de 494%, o número de empregados registrou aumento de apenas 52,7%.

A análise também destacou outros dados favoráveis às instituições financeiras, como ativos, crescimento de 266%, patrimônio líquido (incremento de 214%) e operações de tesouraria (alta de 202%). Com tanta demanda e poucos funcionários a sobrecarrega é grande e o trabalhador termina doente.

Redação AGECEF/BA

 

 

     

           
     

     
 
 

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