Dia Mundial da Saúde reforça alerta sobre os bancários

Neste 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde ganha ainda mais relevância diante da realidade vivida por milhares de bancários em todo o país. Criada em 1948 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data marca um momento de reflexão e mobilização global em torno da saúde física e mental — um tema urgente na rotina intensa e cada vez mais adoecedora dos profissionais.

A categoria bancária convive diariamente com prazos apertados, metas abusivas e pressão constante por resultados. Em abril, mês que também marca a campanha Abril Verde, o debate sobre saúde no trabalho se amplia e reforça a necessidade de medidas que promovam qualidade de vida, segurança e bem-estar para quem move o sistema financeiro nacional.

Dados da pesquisa nacional Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário revelam a gravidade do cenário: 76,5% dos trabalhadores do setor relataram algum problema de saúde relacionado ao trabalho; 40,2% estavam em acompanhamento psiquiátrico, dos quais 91,5% usavam medicamentos controlados; 54,5% apontaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico.



Os números escancaram o impacto de ambientes tóxicos, marcados por assédio moral, sobrecarga e ausência de diálogo. É a saúde mental, principalmente, que tem sofrido as consequências mais severas. Diante disso, as entidades representativas têm sido fundamentais ao pautar o tema, propor soluções e pressionar por mudanças.

Um dos avanços recentes foi a inclusão do termo “assédio moral” nas negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2024 — uma conquista histórica que reconhece a relação direta entre práticas abusivas e o adoecimento da categoria.

Mais do que uma data simbólica, o Dia Mundial da Saúde é um chamado à ação. A saúde dos trabalhadores precisa ser tratada como prioridade. Cuidar de quem trabalha é garantir um futuro mais justo, humano e sustentável para todos.

Redação AGECEF/BA