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Quase meio milhão de afastamentos por doença psicológica

O atual ritmo de trabalho e cobrança imposto por um sistema baseado no lucro, no assédio moral em detrimento da vida humana adoece a humanidade. Os dados do Brasil comprovam. O número de trabalhadores afastados por transtornos mentais atingiu um patamar sem precedentes no país, escancarando a precarização do trabalho.

O peso sobre as mulheres é infinitamente maior. A jornada tripla, a rotina exaustiva entre trabalho, cuidados com os filhos e a casa, e a desigualdade estrutural transformaram a saúde mental feminina em uma bomba-relógio prestes a explodir.

Os dados não deixam dúvidas. Em 2024, segundo o Ministério da Previdência Social, o Brasil registrou 472 mil afastamentos por transtornos psicológicos, crescimento de 68% em relação ao ano anterior. Ansiedade e depressão lideram os diagnósticos, e as mulheres representam 64% dos casos.

Além de enfrentarem jornadas triplas, elas enfrentam barreiras na ascensão profissional, têm remuneração média menor do que a dos homens e são as principais responsáveis pelas atividades domésticas.

O sistema financeiro é um dos setores com maior incidência de afastamentos por transtornos psicológicos. Em 2022, do total de licenças médicas concedidas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) por doença de cunho mental, 57,1% foram de bancários.

Uma pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) naquele mesmo ano revelou recorde no número de afastamentos por acidente de trabalho na Caixa. Foram 524 empregados afastados, maior número desde 2012, início da série. Segundo os dados, 75% dos casos foram relacionados a doença de cunho psicológico.

Diante da gravidade da situação, o Ministério do Trabalho atualizou a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que agora obriga as empresas a se responsabilizarem pela saúde mental dos trabalhadores. A nova diretriz prevê fiscalizações e até multas que variam de R$ 500 a R$ 6 mil por infração, para os locais que promovam jornadas exaustivas, assédio moral, falta de suporte emocional, ambientes degradantes, entre outros.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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