Lucro da Caixa de R$ 13,527 bilhões mostra que é possível melhorar ambiente de trabalho

Em 2024, a Caixa apresentou um lucro contábil de R$ 13,527 bilhões, alta de 15,3% em relação ao ano anterior, quando o balanço foi de R$ 11,733 bilhões. Os números refletem a solidez do banco no cenário econômico brasileiro, mesmo em um contexto desafiador, como o alto índice de juros e a redução dos recursos disponíveis para concessão de crédito.

O resultado expressivo foi impulsionado pelo trabalho contínuo e esforçado dos empregados, que mesmo com sobrecarga, pressão por metas e falhas nos sistemas operacionais, superam os desafios para entregar bons resultados.

Diante de um lucro crescente, é essencial que a Caixa também foque na melhoria das condições de trabalho dos empregados, que são a base para esses resultados. A melhoria do plano de saúde é uma das principais demandas, pois, com o aumento do custo dos serviços médicos e hospitalares, é crucial que o banco proporcione uma cobertura que garanta a saúde de sua força de trabalho. O bem-estar dos empregados reflete diretamente na produtividade e na qualidade do atendimento oferecido aos clientes, o que, por sua vez, pode levar a mais lucros.

Garantir uma cobertura robusta e acessível não só melhora a qualidade de vida dos empregados, mas também reflete na melhoria do trabalho. A saúde deve ser tratada como prioridade para garantir o desempenho das funções com eficiência, sem as preocupações de um convênio caro e as limitações de uma cobertura insuficiente.

Outro ponto importante é a ampliação do quadro de pessoal. A sobrecarga de trabalho e a pressão para cumprir metas cada vez mais altas podem afetar a qualidade do serviço prestado, o desempenho e a saúde. A expansão do quadro de funcionários permitirá ao banco operar de maneira mais eficiente, oferecendo um atendimento de melhor e garantindo a saúde mental e física dos empregados. Com mais profissionais, a Caixa pode fortalecer a atuação nos nichos de crédito e continuar cumprindo sua missão de fomentar a economia brasileira e apoiar as políticas públicas do governo.

Crédito Imobiliário

Apesar do lucro, há desafios significativos a serem enfrentados. O banco poderia ter obtido resultados ainda melhores caso houvesse mais capital disponível para investimentos em sua principal atividade: o crédito imobiliário. No entanto, com os juros elevados, a poupança e os recursos do FGTS estão em queda, o que dificulta a captação de recursos necessários para a concessão de crédito.

Além disso, a instituição perdeu espaço no mercado de crédito pessoal, principalmente para as fintechs, que oferecem taxas de juros mais baixas. Para ausência de atuação em nichos de crédito pessoal, microempresas prejudica a atuação da empresa. A Caixa, como banco público, tem o papel de fomentar a economia e agir como agente de políticas públicas, oferecendo alternativas financeiras acessíveis para a população.

Redação AGECEF/BA