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Situação do Saúde Caixa exige medidas urgentes

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A situação financeira do Saúde Caixa é extremamente delicada e preocupante. Os dados apresentados pelo banco no início deste ano revelam déficit de R$ 17 milhões em 2024. No entanto, a reserva técnica ainda está positiva em quase R$ 110 milhões, o que evita a necessidade de contribuições extraordinárias para cobrir o saldo negativo.
A reserva técnica, porém, não é capaz de impedir danos. O relatório atuarial contratado pela Caixa aponta, para este ano, um aumento significativo nas mensalidades do plano, estimado em 22,86%. O mesmo documento indica como alternativa para o custeio a adoção de cobrança das mensalidades por faixas etárias. Caso seja implementada, a medida representará uma ruptura com o pacto intergeracional.
As entidades representativas lembram que a mudança, se implementada, tornará o convênio inviável para muitos usuários, especialmente aposentados, sem garantir a sustentabilidade da assistência. Diante do cenário, a reivindicação é pelo aumento da participação da Caixa no custeio do plano.
Atualmente, o estatuto do banco estabelece um limitador de 6,5% da folha de pagamentos para cobrir as despesas do Saúde Caixa, prejudicando de forma preocupante os empregados da ativa e os aposentados que viram a mensalidade disparar nos últimos anos, elevando em mais de 50%.
Não para por aí. Outro ponto que preocupa é a queda na qualidade do plano, especialmente desde 2021, quando a gestão foi transferida para a logística do banco, resultando na extinção da VIPES e das GIPES. Desde então, a percepção dos usuários sobre a assistência piorou significativamente.
Simultaneamente, as despesas do convênio dispararam. O custo médio mensal por usuário aumentou de R$ 682,00 em 2021 para R$ 1.114,00 no primeiro semestre de 2024. Diante do cenário, é fundamental aprimorar a gestão dos recursos do Saúde Caixa, com medidas como, melhor fiscalização dos gastos; implementação de programas de prevenção e promoção da saúde; acompanhamento de usuários com doenças crônicas; ampliação da rede credenciada, evitando custos excessivos com reembolsos integrais e despesas derivadas da garantia de atendimento.
Redação AGECEF/BA
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