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Premiação Vozes Negras Caixa
Uma noite de emoção e reconhecimento

A AGECEF Bahia foi palco de uma cerimônia emocionante que celebrou a trajetória de seis empregados negros da Caixa. A Premiação Vozes Negras Caixa, realizada nesta quinta-feira (21/11), homenageou profissionais que derrubaram barreiras invisíveis do preconceito e abriram caminho para as futuras gerações dentro da instituição. Mais de 100 gestores marcaram presença. Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba
Foi uma noite marcada por muita emoção, olhos areados de orgulho de quem venceu e segue vencendo as adversidades. Uma verdadeira celebração de força, superação e resiliência, com destaque para os homenageados: José Pereira, Josenaide Portela, Laelson Bispo, Patrícia Teodolina, José Vasconcelos e Gerson de Jesus. Suas histórias de vida representam muito mais de que uma luta individual, mas sobretudo um avanço significativo no combate à discriminação racial e outros preconceitos, como o vivenciado por Patrícia, mãe atípica. São batalhas coletivas e diárias de um povo.
O presidente da AGECEF Bahia, Rogério Teixeira, falou da importância da premiação e da iniciativa pioneira. “Este evento é um marco para a nossa história. Não só como forma de reconhecimento, mas também uma reparação para aqueles que, durante tanto tempo, foram invisibilizados. Precisamos valorizar os esforços e garantir que histórias sejam contadas, principalmente dos negros, por muitas vezes silenciados por uma sociedade racista”, afirmou.
O vereador e presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, também fez questão de reforçar a relevância do evento. “Esta noite é um lembrete de que a luta contra o racismo é constante e ultrapassa o ambiente de trabalho. Na Câmara Municipal apresentamos projetos importantes como a capoeira nas escolas. Enfrentamos a intolerância religiosa. Mas, sabemos que ainda há muito por fazer. Este evento é uma prova de que juntos podemos conquistar mais espaço para os negros”, declarou, destacando o papel fundamental do movimento sindical na luta pela igualdade racial.
A cerimônia contou ainda com a participação de Glaucos Souza, diretor de Diversidade da AGECEF, que ressaltou o compromisso da Associação com a inclusão. “A AGECEF é linda. Mas hoje é o dia mais bonito dela. Estamos aqui para transformar e tornar o ambiente da Caixa mais igualitário e inclusivo. É importante que todos os empregados se sintam representados e respeitados”.
O Movimento Caixa Preta, grupo que atua na defesa dos direitos dos empregados negros no banco, também esteve presente e leu um manifesto durante o evento. Em sua fala, Deivisson Lima, diretor da AGECEF/BA, fez questão de chamar todos os colegas negros presentes à frente para receber os cumprimentos.
Por fim, os homenageados subiram ao palco para contar um pouco de suas histórias emocionantes. Josenaide Portela recordou os desafios de ser uma mulher negra em um ambiente predominantemente branco. Destacou a importância da educação de qualidade na luta antirracista e agradeceu. “Me sinto muito honrada em estar representando parte da população negra”.
José Pereira contou um pouco sobre o início da carreira na Caixa e mandou um recado aos presentes: “não percam oportunidade. Se ela aparecer, agarre, porque ela pode não surgir novamente. Converse muito também, motive, seja parceiro. Essa é a receita”. José Vasconcelos lembrou alguns preconceitos vividos, mas isso não esmoreceu o trabalho no banco. Concluiu fazendo saudação às pessoas arrancadas do território africano “e aqui derramaram sangue e suor para que hoje estejamos aqui para falar direto para a nação”.
Muito emocionada, Patrícia Teodolina ressaltou a importância de lembrar o passado para fazer o presente. “Muitas pessoas pavimentaram o caminho para a gente estar aqui hoje. Enquanto mulheres pretas, sabemos das discriminações. Mas, nós, pretas da Caixa, ainda temos privilégios, diferente de outras”. Falou da batalha diária no banco em busca de apoio e atenção às mães atípicas, destacou vitórias alcançadas e agradeceu a sensibilidade da AGECEF pelo marco histórico com a premiação.
Gerson de Jesus, por sua vez, fez questão de enfatizar a importância de continuar a lutar, de não abaixar a cabeça, de estudar e saber ouvir. Já Laelson Bispo, de origem quilombola, emocionou a todos com sua trajetória de perseverança.
Sem dúvidas, a Premiação Vozes Negras da Caixa foi uma noite inesquecível de empoderamento, emoção e reconhecimento, refletindo a importância de eventos como este na construção de um Brasil igualitário. Com essas histórias, a AGECEF celebra a diversidade e reafirma seu compromisso com a inclusão dos gestores negros.
Redação AGECEF/BA
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