Custeio do Saúde Caixa na pauta

O fim do teto de custeio do Saúde Caixa, estabelecido atualmente em 6,5% da folha de pagamentos, compromete a sustentabilidade do convênio médico e pesa no bolso dos usuários. O limitador também afeta o modelo conquistado pelos empregados – que estabelece que 70% das despesas do plano devem ser arcadas pela empresa e os demais 30% pelos trabalhadores.

As questões envolvendo o bem-estar dos bancários vão além. É preciso garantir, por exemplo, isonomia aos contratados a partir de 2018 que perderam o direito a manutenção da assistência médica após a aposentadoria. Outro ponto importante que merece solução logo é a implementação de políticas voltadas ao bem-estar dos trabalhadores, para reduzir o elevado índice de adoecimento.

Os assuntos foram cobrados à direção da empresa, em reunião do Grupo de Trabalho sobre o Saúde Caixa, realizada nesta segunda-feira (21/10). Em novembro está agendado um novo debate e a CEE (Comissão Executiva dos Empregados) espera respostas para as demandas.

Essas questões impactam inclusive no resultado financeiro do plano que até agosto registou déficit acumulado de R$ 311,6 milhões. O saldo negativo se deve, sobretudo, à elevação das despesas assistenciais acima do projetado. A maior alta foi verificada em terapias e internações, com um percentual de crescimento em relação ao ano passado superior a 30%.

Nas terapias, o aumento foi de 30,76%, ocasionado pela maior quantidade de sessões realizadas. Já no caso das internações (aumento de 37,02% nos custos), houve um crescimento significativo tanto no número de diárias, que passou de 103,2 mil para 111,7 mil, quanto no custo, que cresceu 23,46% no período. Os altos índices são resultado direto do ambiente de trabalho assediador. A Caixa precisa mudar a gestão de forma efetiva, urgentemente.

Sobre a GIPES e a REPES, a CEE destacou a insatisfação dos empregados com relação a forma de retorno. O banco informou que a área irá apenas orientar os usuários e registrar as demandas nos canais já existentes do Saúde Caixa, embora tenha assumido o compromisso de retomar o canal de atendimento em negociação específica no ano passado.

Redação AGECEF/BA