Caixa retoma negociações logo mais

Finalmente, as negociações com a Caixa tiveram um bom avanço. Os debates de quinta-feira (29/08) entraram pela noite, mas não se esgotaram. Muitas demandas seguem sem respostas. Por isso, nesta sexta-feira (30/08) tem nova rodada com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE).

A expectativa é de que o clima continue positivo para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho. O maior desafio dos bancários agora está na mesa única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) que, na rodada desta quinta-feira (29/08) insistiu em reajustes rebaixados, que nem sequer repõem a inflação e ainda na divisão da categoria. Também com a Federação Nacional dos Bancos a reunião será retomada nesta sexta-feira (30/08).

Na Caixa, segundo a proposta apresentada, seria pago o adicional embarcado concedido aos empregados que trabalharem na modalidade de trabalho embarcado. Além disso, o banco aceitou corrigir o valor adicional por dia trabalhado, hoje em R$ 55,00 para R$ 100,00 com acréscimo de até 30% para quem trabalhar por três ciclos consecutivos conforme regras. A CEE solicitou uma política de correção do valor, que está congelado faz nove anos. A Caixa vai analisar a questão.

Os empregados também reivindicam que o período de folga de três dias, após o período de trabalho embarcado, normalmente de 26 dias seguidos, precisa ser ampliado, para que o empregado, além de descansar, possa ter maior convívio com a família.

Sobre o vale-transporte, será incluída no ACT uma cláusula para que os empregados que não conseguem utilizar o benefício por não haver transporte público entre a residência e o trabalho, possam ter o valor gasto com o deslocamento reembolsado, descontados os mesmos 4% do salário padrão, conforme previsto no ACT.

O reembolso somente será concedido àqueles que não têm transporte coletivo disponível para ir ao trabalho. É preciso que haja comprovação dos gastos, limitado a 200km/dia e que haja ciência do gestor. O banco também aceitou colocar como opcional o adiantamento do pagamento de férias. Ainda sobre o assunto, a CEE quer a redução do período mínimo, que hoje é de 14 dias, para 12 dias. A Caixa ficou de avaliar.

O banco também apresentou proposta para ampliar a equidade parental, para que os pais e mães dividam mais equanimemente as responsabilidades com os cuidados com o bebê recém-nascido.

Redação AGECEF/BA