Decisões sobre o Saúde Caixa devem ter participação dos empregados

A expectativa dos usuários do Saúde Caixa é que, com o retorno das GIPES (Gerências de Filial de Gestão de Pessoas) e das REPES (Gerências e Representações Regionais), a rede de credenciamento seja ampliada e melhorada, para possibilitar que a assistência médica preste serviço de qualidade para todos. Para além disso, os empregados do banco querem transparência e participação efetiva nas decisões administrativas do convênio. O objetivo é, com os dados em mãos, buscar soluções para a redução das despesas e, consequentemente, baratear as mensalidades.

Os assuntos estiveram em debate nesta quarta-feira (31/07), pelo Grupo de Trabalho sobre o Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos empregados. Segundo os números apresentados pela empresa, foram feitos 828 novos credenciamentos. No entanto, houve 659 descredenciamentos. Na prática, significa apenas 169 profissionais a mais na rede.

Outro ponto observado diz respeito à concentração de credenciamentos na região com maior número de prestadores, o Sudeste (148 no total). Já no Centro-Oeste foram apenas 18. Muito pouco. A Caixa tentou justificar informando dificuldade em realizar credenciamento em certas regiões devido à concentração de médicos no Sudeste.

Sobre a inclusão dos custos do PAMS, antiga assistência médica, nos déficits do Saúde Caixa, os representantes dos empregados pediram a abertura dos dados de custeio dos afastamentos para tratamento de doenças ocupacionais ou acidentes de trabalho (B91), para impedir que os mesmos sejam custeados pelo convênio. Quem deve arcar é o banco.

Teto de custeio

A reunião tratou ainda sobre o custeio do plano de saúde. A reivindicação é pelo fim do teto de gastos da Caixa com a saúde dos empregados, definido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos. O limitador impede que a empresa cubra os 70% dos custos do convênio. Hoje, segundo números informados, o banco paga apenas 52% dos custos e os usuários, 48%.

Redação AGECEF/BA