Na Bahia, empregados aprovam proposta sobre o Saúde Caixa

Na Bahia, 68,55% dos empregados da Caixa que participaram da assembleia sobre a proposta do banco para o Saúde aprovaram a assinatura do acordo coletivo de trabalho específico do convênio médico. Outros 30,08% votaram contra e 1,36% se absteve.

Em todo o país, 51,6% dos votantes optaram pela aceitação. Foi uma assembleia difícil, afinal a proposta não é a ideal e impõe aumento significativo para alguns empregados.

A Caixa dificultou as negociações, com a apresentação de números que sugeriam grandes reajustes e a cobrança por faixa etária. Também mostrava dados que projetavam déficit de R$ 422 milhões em 2023, e apontavam mais um déficit de R$ 660 milhões em 2024.

Para suplantar os custos do ano que vem, o banco projetava reajustar, a partir de janeiro, a contribuição para 6,46% da remuneração base para os titulares, mais 0,67% por dependente, o que daria um teto na RB de 7,8% (titular mais dependentes diretos limitado a dois conforme regra vigente). Além disso, cobraria mais 4,18 parcelas extraordinárias para cobrir o déficit de 2023.

A proposta aprovada, embora ainda tenha muita discussão, inclusive com possibilidade de judicialização, estabelece a mensalidade do titular em 3,5% da remuneração base e cobra um valor extra dos dependentes, limitado a 7% do salário base. Os dependentes indiretos, incluindo os filhos de 21 a 24 anos, seguem fora do limite estabelecido ao grupo familiar e pagam o valor fixo de R$ 480,00.

Sobre o déficit deste ano, o banco se comprometeu a assumir. O Saúde Caixa possui atualmente 128 mil titulares e 158 mil dependentes, totalizando 286 mil usuários e o acordo atual vence no fim deste mês.

Redação AGECEF/BA