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Encontro Liderança e Empoderamento Feminino é um sucesso

A vida de Daiane Batista não foi fácil. Assim como o de milhões de mulheres. Nascida e criada no bairro de São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador, se desenvolveu enquanto liderança ainda cedo, a partir das experiências comunitárias em seu bairro. Com apenas 9 anos de idade, teve o primeiro trabalho: dar aula de banca aos primos e aos demais jovens da comunidade.

Estudar para ela nunca foi obrigação. Fazia por prazer. As dificuldades não a impediram de lutar pelos seus sonhos. Pelo contrário. Já na faculdade, conciliava os estudos com o trabalho. Dormia apenas quatro horas por dia. Mas, venceu. E cada nova conquista, era dividida e comemorada por toda a família. Hoje, aos 36 anos, é doutora em administração pela UFBA e mestra em Desenvolvimento e Gestão Social.

Acumula outras experiências e utiliza cada uma delas para ajudar mulheres a descobrir as potencialidade por meio de histórias de vida. “É importante que a gente entenda o que precisa desenvolver, pois o empoderamento vai muito além do batom vermelho. Precisamos saber até onde é o nosso limite”, diz.

Foi por meio dessas reflexões que fez do primeiro Encontro de Liderança e Empoderamento Feminino, realizado pela AGECEF Bahia, na última sexta-feira (27/10), um verdadeiro sucesso. Gestoras da Caixa passaram uma manhã tecendo uma verdadeira teia, com histórias reais de cada uma e dialogando sobre equidade, diversidade e as dificuldades enfrentadas no dia a dia, na vida privada e profissional.

Quem participou, foi só elogios. “Gostaria de parabenizar a AGECEF Bahia. A palestra foi muito interessante. Bastante esclarecedora e inovadora. Precisamos de mais eventos desse porte aqui em Salvador, para empoderar as mulheres”, destacou Jussiara Gonçalves, secretária da Superintendência Regional Salvador.

Teve participante que saiu com gostinho de quero mais, como Laíse Serravale, gerente de Varejo da agência Calçada “Amei o evento. Deveria ser o dia todo, para discutirmos mais”. Sentimento compartilhado por Karina Doria, gerente de Varejo da agência Rio Vermelho. “Evento maravilhoso. Diferencial. Crucial, sobretudo, neste momento. A gente fala muito sobre diversidade. As informações precisam ser disseminadas. Precisamos passar para mais mulheres, para cada vez mais a gente se empoderar e estar presente em cargos de liderança”.

Entre as discussões apresentadas por Daiane, a necessidade de políticas assertivas nas empresas, o que inclui a Caixa. Mas, para isso, é fundamental que as mulheres estejam nos cargos de liderança. “Somos 52% da população brasileira. Então 50% dos cargos de liderança das corporações devem ser ocupado por nós, assim como no Legislativo. As políticas públicas não refletem a nossa realidade, e nem as gestões das empresas. Os problemas das mulheres devem ser encarados como sociais. É preciso discutir sobre menstruação. Precisamos virar pauta”, disse.

Durante a palestra, evidenciou a importância de narrativas femininas, o lugar que a mulher ocupou e ocupa na sociedade ocidental. Hoje, no mercado de trabalho, as mulheres latino-americanas ocupam apenas 11% dos cargos de executivos das empresas. No Brasil, são 17% dos CEOs e somente 0,5% são negras.

Não para por aí. No mundo, 1,3 bilhão de pessoas vivem em condições de pobreza. Dessas, 70% são mulheres. Essa realidade é decorrente um sistema patriarcal. “Os homens sempre estiveram em lugar de privilégio. Nosso lugar era a casa. Por isso, a solução para combater a desigualdade precisa passar pela gente”.

Em outro momento destacou a importância das mulheres na liderança. Um estudo feito pela Havard Business Review revela que líderes femininas têm equipes mais engajadas, com maior performance e melhores índices de satisfação no trabalho, porque têm sabedoria e compaixão.

Economia do cuidado

Outro dado importante apresentado por Daiane Batista foi sobre a economia do cuidado. Em 2022, as mulheres dedicaram, juntas, 12 bilhões de horas de cuidados a crianças, idosos e pessoas doentes. Porque elas, muitas vezes, assumem sozinhas as responsabilidades que deveriam ser compartilhadas em grandes redes de apoio.

A principal barreira é que o cuidado ocorre no campo da afetividade, do doméstico, e, por isso, se torna invisível. A legislação, as políticas públicas, o orçamento público, as discussões da sociedade não incluem o cuidado. Por isso, é fundamental desvincula-lo da questão de gênero e inseri-lo na estrutura formal e econômica da sociedade.

Ao final, depois de refletirem sobre a sua trajetória de vida, as participantes foram convidadas a construir uma enorme teia de empoderamento. Um ponto de destaque para a manhã de ricos debates e reflexões. Realmente, um sucesso.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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