Bancos fecham 2,5 mil agências e demitem 14 mil bancários

Aos poucos, sem muita gente perceber, as grandes filas nos caixas e terminais eletrônicos dos bancos para fazer saques, pagar contas ou resolver qualquer problema simples foram substituídas por um ‘clique’. Nos aplicativos das instituições financeiras, é possível abrir conta, pegar empréstimos, investir e pagar praticamente tudo.

Para cortar custos e ampliar os lucros bilionários, os bancos em atividade no Brasil estão fechando as agências físicas e demitindo em massa. BB, Bradesco, Itaú e Santander fecharam juntos 2.563 unidades em três anos (2020/2022). A tendência continua em 2023. No primeiro trimestre, 256 agências tiveram as atividades encerradas, aponta levantamento da Ável Investimentos, com base em dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Paralelamente, as empresas ampliam as demissões. No mesmo período, mais de 14 mil funcionários foram desligados, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Entre os grandes bancos, a Caixa é o único que segue na contramão.

Com tradição em financiamentos imobiliários e uma grande carteira de clientes de idosos aposentados e beneficiários de programas sociais, a instituição financeira não tem planos de reconfiguração. Com a mudança de gestão, no início deste ano, voltou a abrir unidades de atendimento e hoje tem uma rede composta por 4,3 mil agências e postos de atendimento, 22,6 mil lotéricas e correspondentes, 10 agências-caminhão e duas agências-barco para regiões ribeirinhas.

Redação AGECEF/BA