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Estudo revela que setor público não tem excesso de servidores

Estudo recente realizado por duas instituições aponta para uma realidade muito distinta daquela propagada por setores da direita. O Brasil não está inchado de servidores e tem menos profissionais no setor público do que Estados Unidos, países da Europa e vizinhos. Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba
A Caixa é um bom exemplo da carência de pessoal. O banco público – maior do país – perdeu cerca de 20 mil empregados desde 2015. De lá para cá, quase não houve reposição do quadro. Já a carteira de clientes disparou. Hoje são mais de 150 milhões. Quer dizer, é muita gente para poucos profissionais.
Outras empresas públicas também reduziram o quadro e precisam lidar com os problemas cotidianos de alta demanda e falta de pessoal para atendimento de qualidade. É o caso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que tem uma fila enorme de processos para liberação de benefícios à espera de análise. A estimativa do governo federal é de que, em junho, 1,8 milhão de requerimentos estavam na fila para análise e 64% superavam o tempo legal, de até 45 dias.
Tem mais. Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em 2021, dos 91 milhões de trabalhadores no Brasil, apenas 11,3 milhões eram funcionários públicos, o que representa 12,45% do total da força de trabalho nacional.
O estudo mostra ainda os países líderes em servidores públicos. A Dinamarca aparece na primeira posição, com 30,22%. Em seguida têm Suécia (29,28%), França (20,28%) e Estados Unidos (13,56%).
A pesquisa também enfatiza a importância dos servidores públicos para áreas fundamentais, como saúde, educação e segurança pública. Nos segmentos, 40% dos profissionais são servidores públicos.
Em relação aos salários, a pesquisa revela que uma parcela menor (30%) recebe rendimento acima de R$ 5 mil, enquanto a grande maioria tem rendimento médio de R$ 2.616,00.
Redação AGECEF/BA
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