SÍNDROME DE BURNOUT

Brasil é o segundo país com mais diagnósticos

O Brasil é o segundo país em número de casos diagnosticados de Síndrome de Burnout, atrás apenas do Japão. Cerca de 30% dos mais de 100 milhões trabalhadores brasileiros sofrem com o problema, aponta pesquisa da International Stress Management Association (Isma).

Segundo o relatório um dos fatores que impactaram a vida dos trabalhadores foi a maior adesão das empresas ao modelo híbrido de trabalho. Embora trabalhar de casa, em teoria, tenha como vantagem a flexibilização das horas dedicadas às atividades pagas, isso nem sempre acontece na prática.

Para se ter ideia, levantamento global do instituto de pesquisas ADP revela que o número de horas extras sem remuneração chega a 8,5 horas por semana. Caracterizada pelo esgotamento físico, emocional e mental causado pelo estresse crônico no trabalho, a Síndrome de Burnout foi classificada como doença ocupacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde o começo de 2022.

Como reconhecer

Segundo descrita no CID 11, a Síndrome de Burnout se manifesta em três dimensões, embora o número de sintomas apresentados pelo paciente possa variar em grau e extensão, como exaustão ou esgotamento de energia; sensação de distanciamento do próprio trabalho, podendo ser acompanhada de sentimentos pessimistas em relação a ele, como ansiedade, tristeza e perda da motivação; redução da eficácia profissional.

Entre os principais fatores causadores de estresse estão o excesso de afazeres, cobranças constantes, dificuldade de se desligar do trabalho fora do horário de expediente e longas jornadas.

Prevenção

Para reduzir as chances do surgimento do desgaste ligado ao trabalho, é fundamental buscar desenvolver uma relação saudável no ambiente laboral. Entre os exemplos citados na pesquisa estão: consciência de que o tempo dedicado ao trabalho deve ser limitado, atividades com a família e amigos, estar disponível para realizar atividades que tragam prazer, manter alimentação saudável, praticar exercícios e ter boas noites de sono.

Redação AGECEF/BA