AGECEF Bahia marca presença na Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe

Cientes da importância da união entre os trabalhadores para avançar nas conquistas e defender os direitos, os diretores da AGECEF Bahia participaram da 25ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizada no último fim de semana, em Aracaju. Os debates foram ricos e passaram por questões específicas da categoria, como condições de trabalho e saúde do trabalhador, até o cenário político e econômico nacional.

O evento contou com a participação de 230 bancários da Bahia e de Sergipe. Entre as prioridades a serem levadas para a Conferência Nacional, que acontece em agosto, em São Paulo, estão a defesa do emprego, dos bancos públicos, a necessidade de investimento em segurança, combate ao assédio moral para proteger a saúde do trabalhador.

Sobre o cenário nacional, além da esperança de dias melhores com o governo Lula, outro assunto muito discutido foi a manutenção, pelo Banco Central, da Selic em absurdos 13,75% ao ano.

Durante palestra, a supervisora do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), seção Sergipe, Flávia Rodrigues, destacou que a taxa tem impacto direto nos juros cobrados pelas instituições financeiras. Ressaltou ainda que o discurso usado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, de manter a Selic em níveis tão elevados não se sustenta, além de travar a economia do país.

Outro dado apresentado pela técnica do Dieese merece atenção. Os cinco maiores bancos do país (Itaú, BB, Bradesco, Santander e Caixa) obtiveram lucro líquido de R$ 106,7 bilhões no ano passado, aumento de 2,5% na comparação com 2021. Enquanto ampliam a lucratividade, as empresas cortam postos de trabalho e fecham agências.

Depois dos debates, os participantes se dividiram por bancos para tratar sobre questões específicas. Na Caixa, os destaques foram a defesa do banco 100% público, a necessidade de melhorar as condições de trabalho e de ampliar as contratações e o apoio de todas entidades representativas à permanência de Rita Serrano na presidência do banco público mais importante do país.

Redação AGECEF/BA