CEE cobra da Caixa PQV sem punição

O Programa de Qualidade de Vendas (PQV) da Caixa não pode ser um instrumento de punição. A cobrança foi feita pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), em negociação com a direção do banco, na última sexta-feira (19/05).

No início da semana passada, a empresa divulgou uma nova versão do programa, com mais penalidade aos trabalhadores. A medida pegou muito mal, causando indignação entre todos e fez a direção da Caixa marcar a reunião.

O vice-presidente de Pessoas, Sérgio Mendonça, reiterou que o compromisso da atual gestão do banco é de diálogo permanente com as entidades e os empregados, para evitar que saiam programas sem conversar com as representações dos trabalhadores.

Durante a conversa, as entidades representativas foram unânimes em condenar o PQV, assim como as recentes mudanças, para pior. Lembraram que sempre defenderam a revogação do programa. O entendimento é de que as metas são extremamente abusivas e os empregados também não podem responder por uma decisão do cliente.

A CEE destacou ainda que não há coerência em proibir os trabalhadores de participarem dos Processos de Seleção Interna (PSI) e muito menos usar de ameaças para intimidar os bancários da rede, como sugere o novo PQV. Para os representantes dos trabalhadores, os problemas enfrentados pelos profissionais nas agências e outras unidades da Caixa seguem na linha de retrocesso desenfreado, e isso é inadmissível.

O mais urgente, no entendimento da CEE, é acabar com a cultura do assédio e das metas desumanas. Os representantes aproveitaram a oportunidade para cobrar do banco um espaço específico para tratar do assédio que atinge hoje a imagem da Caixa e é causa de grande parte do adoecimento dos empregados.

Outro assunto abordado e prioritário é a definição de um calendário de negociações, com cronograma de debates para que as reivindicações dos empregados avancem o mais rápido possível. É urgente a adoção de medidas que viabilizem a solução de problemas estruturais deixados pelas últimas gestões da Caixa.

Redação AGECEF/BA