Caixa vai à Justiça para cobrar R$ 10 milhões de Pedro Guimarães por assédio

A Caixa vai ingressar com ação judicial para cobrar o ressarcimento de R$ 10 milhões do ex-presidente do banco, Pedro Guimarães. O valor é referente ao acordo homologado nesta semana entre a empresa, a Justiça do Trabalho e Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF), a título de dano moral coletivo durante a gestão do executivo, acusado de promover práticas de assédio sexual e moral na instituição.

O pagamento da multa milionária encerra o caso com relação ao banco e irá para instituições sem fins lucrativos. Mas presidenta da Caixa, Maria Rita Serrano, avalia que “nada mais justo” que Pedro Guimarães ressarça o banco das multas decorrentes das ações de assédio comprovadas pelo Ministério Público do Trabalho.

O caso

Pedro Guimarães também responde criminalmente pelas acusações de assédio sexual e moral contra empregadas do banco. As práticas vieram à tona em junho de 2022, após reportagem do portal Metrópoles divulgar os depoimentos de algumas vítimas. As agressões ocorriam desde janeiro de 2019, primeiro ano da sua gestão.

Diante do escândalo, Guimarães deixou o cargo. Na matéria, um grupo de funcionárias relatam toques em partes íntimas, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos.

A responsabilização individual sobre a conduta de Guimarães corre em segredo na Justiça Federal. A denúncia contém dezenas de depoimentos em vídeo prestados aos procuradores por vítimas e testemunhas dos casos de assédio.

Redação AGECEF/BA