DIA DA MULHER: Um longo caminho por igualdade

O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, simboliza a luta histórica pela equiparação de direitos, oportunidades e tratamento aos dos homens. Oficializado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1975, quer dizer há 48 anos, a lista de avanços é grande, como o direito ao voto, mas a luta contra o machismo e a desigualdade está longe do fim.

Os dados mostram. Estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) revela que, a cada um minuto, duas mulheres são estupradas no Brasil. Por ano, são 822 mil casos. Desse total, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% do sistema de saúde. A Bahia é o terceiro estado com mais ocorrências, 52.664. À frente apenas São Paulo (194.577) e Rio de Janeiro (62.488).

Além da violência física, as mulheres ainda precisam lidar no dia a dia com a violência psicológica, às vezes tão banalizada, que passa despercebida. São muitos os casos: o assédio sexual no trabalho tratado como “brincadeira”; a falta de reconhecimento por parte do chefe; ou ainda as barreiras por conta da cor ou pelo fato de ser PCD (Pessoa com Deficiência).

A Caixa é um bom exemplo. No ano passado, o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, saiu do cargo depois de um escândalo de assédio sexual cometido contra diversas empregadas. Outros diretores também foram denunciados, por acobertar o suposto crime cometido pelo executivo. Depois que a bomba explodiu inúmeros casos foram descobertos, inclusive de assédio moral, a imensa maioria contra mulheres.

Além disso, as bancárias, assim como as trabalhadoras de outras categorias, enfrentam, outras dificuldades no Brasil. As mulheres são maioria (55,5%) entre os desempregados e recebem, em média, 21% a menos do que os homens, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Redação AGECEF/BA