TSE lança cartilha antirracista

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza uma importante campanha antirracista com o lançamento da cartilha Expressões racistas: por que evita-las. O manual tem uma lista com 40 termos e expressão que os brasileiros usam, mas que devem deixar de ser reproduzido por conta do teor racista e ofensivo.

É o caso da expressão criado-mudo. Ou ainda Da cor do pecado, Cabelo ruim, barriga suja, boçal, chuta que é macumba e samba do crioulo doido. A cartilha ainda explica o motivo pelo qual cada uma das expressões possui conotação racista.

Alguns termos, por exemplo, são mais difíceis de notar, como a palavra esclarecer, que, conforme explica o documento, é uma expressão racista, pois transmite a ideia de que a compreensão de algo só pode ocorrer sob as bênçãos da claridade, da branquitude. O mais adequado neste caso seria o uso da palavra explicitar.

Inúmeros outros termos são usados sem que a pessoa que os pronuncia sequer note que está difundindo um conteúdo preconceituoso e racista. Entre eles, estão humor negro (quando o mais adequado seria humor ácido), denegrir (difamar ou caluniar), e a coisa tá preta (a situação está difícil).

O manual é uma produção da Comissão de Promoção de Igualdade Racial do TSE, instituída em março, para combater o preconceito racial na Justiça Eleitoral. Segundo o Tribunal, a intenção é promover a mudança de hábitos e comportamentos nas pessoas e facilitar a exclusão de expressões idiomáticas que possam embutir preconceito racial.

A publicação deverá ter novas versões no futuro, por isso, quem conhecer algum termo racista que não esteja nela poderá encaminhá-lo à comissão responsável por sua realização, para que seja incluído em edições futura, pelo e-mail nid@tse.jus.br. Para conferir o manual na íntegra deve acessar a biblioteca digital da Justiça Federal pelo link https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/11048..

Redação AGECEF/BA