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Câmara debate assédio sexual na Caixa

Os graves casos de assédio sexual no mundo do trabalho ganharam grande notoriedade depois do escândalo envolvendo o ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães e outros executivos do banco. As entidades representativas pressionam por uma investigação séria das denúncias, com punição de todos os envolvidos, sejam quem for. A luta tem o apoio importante da sociedade civil e de parlamentares.

É o caso da deputada federal Erika Kokay (PT/DF), que solicitou uma audiência pública, na Câmara dos Deputados, para tratar sobre o assunto. No debate, ocorrido na tarde de quinta-feira (18/08), os representantes dos empregados informaram que tiveram um encontro nesta semana com a presidente do banco, Daniella Marques, e cobraram rigor na apuração das denúncias.

Outro grave problema, o assédio moral também esteve em discussão. Os representantes dos empregados associaram a prática a política de governo do presidente Jair Bolsonaro. “É um governo que não respeita as mulheres, os trabalhadores, os seres humanos e a vida”, disse o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

Posicionamento compartilhado pela subprocuradora-Geral da República aposentada, Deborah Duprat. Segundo ela, “o assédio é uma prática de governo na gestão de Bolsonaro”. Sobre o caso na Caixa, ressaltou se tratar de “um crime que não pode ser negligenciado”.

Para comprovar que o ambiente de trabalho na Caixa hoje é tóxico, os representantes dos trabalhadores apresentaram uma pesquisa sobre assédio moral, feita no ano passado. De cada 10 empregados, seis sofreram assédio. Ao todo, 77% já presenciaram a prática no ambiente de trabalho. Mais de 90% já sentiram pressão ou ansiedade no âmbito da Caixa e 42% relataram problemas de saúde relacionados ao desempenho das atividades na empresa.

A deputada federal Erika Kokay (PT/DF) citou uma pesquisa do LinkedIn com a consultoria de inovação social Think Eva, que ouviu 414 mulheres vítimas de assédio. Os dados revelam o medo em denunciar o crime. Entre as participantes, apenas 5% tiveram coragem de denunciar. Outras 15% pediram demissão. Sobre os casos na Caixa, Kokay criticou a demora na punição dos executivos do banco. Recentemente, a parlamentar apresentou um Requerimento (101/2022) para a formação de uma subcomissão especial para acompanhar a apuração das denúncias.

A conselheira de Administração eleita pelos empregados, Rita Serrano, observou que esta é a primeira denúncia de assédio sexual no banco. Ela cobrou ações efetivas para proteger as vítimas, o afastamento de todos os envolvidos e a contratação de uma empresa de investigação externa.

Redação AGECEF/BA

 

 

 

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