Negociação com a Caixa termina sem avanços

As negociações com a Caixa começam a emperrar. Depois de sinalizar avanços na pauta de reivindicações específicas, a direção da empresa deu para trás e quer retirar direitos, seguindo a linha política do governo federal. Perplexa, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) adiantou, na rodada desta quarta-feira (17/08), que não aceita retirar cláusulas conquistadas com muita batalha do acordo. Agora, reforça a importância de os trabalhadores do banco participarem do Dia Nacional de Mobilização, nesta sexta-feira (19/08).

Na última negociação, a direção da empresa propôs alterar o parcelamento do adiantamento de férias de 10 vezes para três vezes; acabar com o intervalo de descanso 10/50, ou seja, não mais prevê a pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados para caixa e digitador. Sobre o vale refeição, a proposta estabelece pagamento diário e não mais mensal e a suspensão em caso de licença médica.

O secretário geral da Federação dos Bancários da Bahia e de Sergipe, Emanoel Souza, ressaltou que, de repente, tudo mudou a empresa, que parecia trabalhar em cima de avanços, com destaque para as medidas contra o assédio moral e sexual, deu para trás, querendo agora tirar direitos.

“É surpreendente que a Caixa não sustente o que falou nas negociações, mas ainda tente retirar direitos sustentados arduamente pela categoria em vários anos de história de lutas. Neste sentido estamos caminhando para o impasse e será preciso uma grande mobilização da categoria”, criticou Emanoel.

Ainda na reunião, a CEE cobrou o funcionamento do Grupo de Trabalho (GT) para debater assuntos relacionados à FUNCEF, entre eles o contencioso. Sobre assédio moral e sexual, os representantes dos trabalhadores querem um espaço específico para tratar do tema que atinge hoje a imagem da empresa e é a causa de grande parte do adoecimento da categoria. O banco se esquivou e disse que o assunto será tratado com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Redação AGECEF/BA