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Negociação sobre segurança bancária fica emperrada
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) recusou criar um Grupo de Trabalho (GT) para discutir segurança bancária. O assunto foi discutido durante negociação com o Comando Nacional dos Bancários, nesta quinta-feira (28/07). Os representantes dos trabalhadores querem elaborar uma nova redação para as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Siga a AGECEF-BA nas redes sociais - instagram@agecefbahia e facebook.com/agecef.gestaoba
Durante as discussões, o Comando denunciou o desrespeito à legislação. Os bancos implementam novos modelos de agências e estão retirando as portas giratórias e os vigilantes das unidades, deixando bancários e clientes expostos a assaltos e outros tipos de violência, como agressão física.
Mas, segundo a Fenaban, houve redução de 98,5% no índice de assaltos a agências e postos bancários entre 2000 e 2021. Para completar propôs que os representantes dos trabalhadores se juntem aos bancos e atuem contra as normas estaduais e municipais de segurança, que exijam aparatos de segurança além dos previstos na Lei 7.102/1983, que regulamenta a segurança bancária. O Comando Nacional dos Bancários deixou claro que a proposta da Fenaban é absurda.
Os bancos ainda apresentaram dados, de 2021, para justificar o posicionamento. De acordo com os números, apenas 3% das transações bancárias foram realizadas em agências. Portanto, segundo eles, não há porque fazer alarde sobre a retirada de portas giratórias e vigilantes.
Mas, um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), aponta que, ainda que em números relativos as transações via agências tenham perdido espaço, 48% delas são com movimentação financeira e que isso demonstra a importância de haver sistemas de segurança e vigilantes em qualquer tipo de unidade.
Por fim, depois de recusar a proposta para criar o GT, a Fenaban disse que está aberta a debater o tema até o fim de agosto. Caso não se chegue a um acordo, vai assumir a responsabilidade por tocar a pauta de acordo com seus interesses.
A próxima reunião da campanha salarial está marcada para segunda-feira (1º/08) e vai debater saúde e condições de trabalho.
Redação AGECEF/BA