Caixa apresenta canal de denúncias contra o assédio. CEE quer política de prevenção

Além de cobrar rigor na apuração das graves denúncias de assédio sexual cometido pelo ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e outros diretores da alta cúpula, a CEE (Comissão de Organização dos Empregados) quer uma política de prevenção à prática, inclusive contra o assédio moral. A cobrança foi feita à direção do banco durante a primeira rodada de negociação, realizada nesta quinta-feira (14/07).

A CEE se mostrou preocupada com o posicionamento da nova presidente Daniella Marques, que disse que vai virar a página sobre o caso. Os representantes dos empregados, no entanto, afirmaram que o assunto não vai cair no esquecimento e vão cobrar apuração rigorosa.

A empresa aproveitou o debate e apresentou um novo canal de denúncias de assédio moral e sexual – o Diálogo Seguro Caixa. Iniciativa considerada boa inicialmente, mas que precisa ser estudada a fundo. A CEE solicitou acesso às denúncias para garantir investigação e proteção às vítimas.

O secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, propôs que o Acordo Coletivo preveja o acesso do movimento sindical às denúncias, para que o trabalhador seja protegido.

A próxima rodada de negociação está marcada para 20 de julho. Em pauta, condições de trabalho, jornada e teletrabalho. No dia seguinte, 21 de julho, ocorre nova reunião sobre saúde do trabalhador e Saúde Caixa.

Redação AGECEF/BA