Negociação sobre emprego termina sem avanços

A negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), realizada nesta segunda-feira (27/06), terminou sem muita novidade. O assunto era emprego e terceirização.

Nos últimos dois anos, os bancos desligaram mais de 15 mil trabalhadores. Desde 2013 foram 77 mil cortes. Os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) foram apresentados durante o debate. Mas a Fenaban alega que a redução se deve as inovações tecnológicas e ao aumento da concorrência. No entanto, as pesquisas mostram que entre 2013 e 2021 os bancos não perderam participação de mercado. Pelo contrário. Houve aumento de 86% para 87% na participação nas operações de crédito.

O Comando Nacional dos Bancários argumentou que os cortes aumentam a sobrecarga de trabalho, uma vez que os trabalhadores têm de dar conta das metas e do atendimento. Aproveitou o momento e apresentou uma proposta com mais equilíbrio entre os dias trabalhados, com redução da jornada para quatro dias. O entendimento é de que a medida pode aumentar a produtividade e satisfação, como vem acontecendo em alguns países na Europa.

Os representantes dos trabalhadores também reivindicaram atuação da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) junto ao Congresso Nacional para suspender a pauta que discute o PL que permite as agências abrirem no fim de semana. A audiência pública que estava marcada para terça-feira (28/06) foi adiada para 6 de julho. Portanto, os bancos têm tempo suficiente para agir.

Embora não tenha tido avanço concreto, a avaliação do secretário-geral da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, é de que a negociação serviu para explicitar as posições dos dois lados da mesa. A próxima rodada acontece no dia 6 de julho e a segurança estará em discussão.

Redação AGECEF/BA