Bancários sofrem com efeitos prolongados da Covid

Pesquisa coordenada pela Unicamp revela que a maioria dos bancários contaminados pela Covid-19 sente os efeitos prolongados da doença. Problemas que podem durar muitos meses. Os dados mostram que 52% sentem alguma dificuldade para trabalhar, realizar atividades domésticas e até se relacionar com outras pessoas.

Os efeitos são dos mais diversos. Entre os que responderam o levantamento, 68% afirmam que ainda sentem fadiga, 40% estão com a flexibilidade cognitiva prejudicada, 33% dizem estar com alguma deficiência na linguagem e 29% adquiriram transtornos de ansiedade.

A Avaliação longitudinal do Impacto do SARS-CoV2 no sistema nervoso em bancários foi apresentado pelas doutoras Clarissa Yassuda e Márcia Bandini, durante reunião do Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), nesta terça-feira (08/02).

Segundo a professora Márcia Bandini, "aparentemente, os efeitos da Covid-19 são temporários. A gente sabe que nossos colegas de trabalho ou familiares que foram contaminados não são os mesmos. A gente sempre soube, também, que a Covid-19 provoca efeitos logo após a passagem da doença. Alguns deles descobrimos que passam no curto prazo, outros não".

Com amplo conhecimento dos dados, o Comando Nacional dos Bancários reforçou a necessidade de ampliar as medidas de segurança sanitária e prevenção contra a Covid-19 nas agências e departamentos dos bancos. A intenção é aprofundar os debates nas próximas negociações e cobrar nas mesas permanentes por banco. Entender a situação específica de cada empresa é fundamental para a proteção de todos os empregados, tanto os que não tiveram a doença como aqueles que foram contaminados e ficaram com algum problema.

Carnaval

A negociação com a Fenaban tratou ainda sobre o recesso de Carnaval. Cobrados, os representantes dos bancos reafirmaram que não haverá atendimento ao público na segunda e terça-feira de Carnaval - 28 de fevereiro e 1º de março. Na quarta-feira de Cinzas (02/03), as agências abrem a partir de 12h, com fechamento no horário normal. Nas cidades em que os fechamentos são antecipados, desde o início da pandemia, será garantido o mínimo de três horas de atendimento.

Redação AGECEF/BA