Cerca de 80% dos empregados da Caixa estão com problemas de saúde

O dia a dia na Caixa não tem sido nada fácil. A alta demanda, as metas e a longa jornada de trabalho - muitas vezes acima das 12 horas - comprometem o bem-estar. Quase 80% dos empregados da ativa estão com problemas de saúde, sobretudo de cunho mental.

Os dados da pesquisa nacional, feita pelas entidades representativas, revelam ainda que 6% dos trabalhadores estão afastados das atividades por licença médica. Desse total, 33% foram diagnosticados com depressão, 26% têm ansiedade, 13% síndrome de Burnout e 11% síndrome do pânico.

A pandemia do coronavírus agravou a situação. Com a crise sanitária, a jornada passa das 12 horas. Os empregados, além de atender a população, têm de dar conta das metas, muitas vezes abusivas. O levantamento comprova. Cerca de 20% dos bancários que responderam à pesquisa revelam que têm jornada de trabalho maior do que oito horas.

O cenário é preocupante. As entidades representativas vão se reunir para pensar em ações de defesa dos trabalhadores. O resultado também será apresentado à direção da Caixa, para que medidas sejam tomadas o mais urgente possível.

Entre os que participaram da pesquisa, feita entre novembro e dezembro do ano passado, 74% estão lotados nas agências, 34% têm cargo em gerência e 21% são técnicos bancários novos (TBN). Na análise por faixa etária, 71% têm entre 30 e 49 anos. por sexo, 59% se declararam do sexo masculino e 41%, feminino.

Redação AGECEF/BA