Síndrome de Burnout é doença ocupacional

A OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a reconhecer oficialmente a Síndrome de Burnout como doença ocupacional (CID 11) a partir do dia 1º de janeiro de 2022. O transtorno psíquico é ocasionado pelo cansaço extremo, causado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho degradantes.

Os empregados da Caixa sabem bem o que é isso. Muitos já foram diagnosticados com a síndrome em decorrência da atual carga de estresse e medo na empresa. Além da demanda alta no atendimento ao cliente, precisam dar conta das metas e sempre apresentar bons resultados. Caso contrário, podem perder a função ou outros direitos.

O estresse no banco é altíssimo e diversas pesquisas mostraram. Difícil manter a saúde mental. Agora, com a mudança de classificação para doença ocupacional, as empresas, inclusive a Caixa, terão de realizar medidas preventivas e também monitoramento constante. Caso contrário, poderão responder na Justiça pelo adoecimento dos trabalhadores.

O reconhecimento pela OMS tem um efeito em processos trabalhistas. Se um empregado recorrer à Justiça por causa de esgotamento mental, a empresa pode ser responsabilizada e pagar indenização. Na prática, atualmente, a implicação de responsabilidade já acontece, mas pode ser difícil de conseguir. Mas, com a nova classificação, uma vez que o médico faz o diagnóstico, a empresa tem culpa.

Estudos indicam ainda ser comum que o profissional com Burnout tenha um histórico de boa performance que se reverte diante de uma mudança no ambiente, como alterações na gestão de empresa.

Brasil

O Índice de Bem-estar Corporativo do Zenklub em 2021 mostra que as empresas em atividade no Brasil precisam ligar o sinal de alerta. O país recebeu nota de 49,25, em uma escala de 0 a 100. O índice ideal é de 78. As recentes reformas ocorridas no Brasil, como a trabalhista e a da Previdência, tornaram o mercado de trabalho mais precário. O trabalhador perdeu inúmeros direitos e tudo isso se reflete na saúde e bem-estar.

Redação AGECEF/BA