AGECEFs do Nordeste debatem condições de trabalho

As AGECEFs do Nordeste retomaram as reuniões presenciais, no dia 27 de novembro, em Recife (PE), com um importante debate: as condições de trabalho na Caixa. Entre todos os gestores, muita preocupação com o atual cenário na empresa, sobretudo com a saúde dos empregados, diante do clima de incerteza e, às vezes, perseguição.

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a melhora nos números da pandemia, é importante a retomada do ENEAGECEF. Nos Encontros Regionais das AGECEF's, é possível discutir o que acontece em cada Estado e traçar ações em conjunto, capazes de ajudar efetivamente os associados e cobrar medidas da Caixa que melhorem as condições de trabalho e combatam o assédio moral, crescente na instituição financeira.

Chamou a atenção de todos os participantes do Encontro, o número de empregados que se declararam assediados na pesquisa feita pela FENAG.

Muitos trabalham acuados, com medo de represálias. Principalmente se não bater as metas. Quem não entrega o resultado fica com sensação de impotência. Não à toa o número de trabalhadores adoecidos cresce a cada dia, principalmente o registro de síndrome de Bournout. Por isso, é fundamental as AGECEFs acolherem todos aqueles que precisem de apoio. Um dos pontos muito discutidos foram os problemas recorrentes com as SEVs.

As Superintendências Executivas de Varejo, criadas pela atual direção do banco, na prática, servem para dividir os empregados, estabelecendo um clima de competição, deteriorando ainda mais as condições de trabalho.

Paralelamente, existe um projeto em curso de desmonte da Caixa e é preciso que a sociedade tenha pleno conhecimento disso. Todos os empregados têm de defender o banco - único 100% público do país -, assim como os empregos e a dignidade de cada um.

Uma das ideias para superar o atual momento é o investimento na formação de gerentes gerais. Sobre o assédio moral, a sugestão é detalhar a cartilha sobre a prática, já que muita gente tem dificuldades em identificar o que é uma cobrança normal e o que extrapola. Também será elaborada A Carta do Nordeste: O que a gente pensa e quer, que será homologada pelos presidentes das AGECEFs e encaminhada à FENAG, para que ações sejam colocadas em prática em nível nacional, o mais breve possível.

Redação AGECEF/BA